sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Saudade, inquilina no meu coração.

Abro a porta, não me importo quem seja, pode entrar, eu permito, nem arrumo a casa muito menos passo um café, não estava te esperando, afinal, nesse mês a última coisa que eu queria era sua visita. Eu sempre mantinha tudo organizado, você sempre chegava com sua bagunça e fazia do meu coração um caos, só haviam estilhaços de vidro e as plumas das almofadas pairavam no ar, era sempre assim, dessa vez eu deixo que você conviva com sua bagunça, eu tinha medo de te sentir, de não saber conviver, mas de tantas visitas você se tornou uma moradora. Eu te sinto ao acordar até o adormecer, você consegue invadir até meus sonhos, estou cansada, mas nada posso fazer se com a ausência de alguém, você chegou, a partir de hoje posso prometer te expulsar não te fazer voltar, mas seria uma forma de me enganar, você já mora aqui, dentro de mim. No vazio do amor encontra-se saudade, ela pode ficar, abro a porta mais uma vez, "vamos tomar uma xícara de café?"



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